SP – Empresas irregulares reciclavam borra de alumínio
UF: SP
Município Atingido: São Paulo (SP)
Outros Municípios: São Paulo (SP)
População: Moradores de aterros e/ou terrenos contaminados, Moradores do entorno de lixões, Trabalhadores em atividades insalubres
Atividades Geradoras do Conflito: Mineração, garimpo e siderurgia
Impactos Socioambientais: Poluição atmosférica, Poluição de recurso hídrico, Poluição do solo
Síntese
Na região da Estrada do Palanque – zona leste da cidade de São Paulo – quatro empresas irregulares reciclavam borra de alumínio, retiravam clandestinamente a água do rio e despejavam nele poluentes que colocam em risco a vida da população.
Contexto Ampliado
Em 8 de novembro de 2004, quatro empresas que reciclavam borra de alumínio foram fechadas em São Mateus, Zona Leste da cidade de São Paulo. Localizadas a menos de 500 metros da nascente do Córrego Aricanduva, as empresas retiravam clandestinamente a água limpa e despejavam poluentes que ajudaram a assorear o rio, provocando enchentes na região. A atividade, feita ilegalmente, também lançava poluentes na atmosfera e no solo, provocando um forte cheiro de amônia. Vizinhos dessas indústrias começaram a reclamar e acionaram a Prefeitura.
Na época, o Jornal da Tarde informava que nenhuma das empresas tinha qualquer fachada ou placa de identificação. A ação, realizada com a participação da Polícia Ambiental e da Subprefeitura de São Mateus, também vistoriou uma quinta empresa (Ambiental Leste). A empresa recebeu um auto de infração por captar água do rio sem autorização do Departamento de Águas e Energia Elétrica DAEE. Mas as atividades não foram interrompidas porque a fiscalização não considerou as infrações graves, como nos outros estabelecimentos visitados.
Tanto a Ambiental Leste como as outras quatro empresas localizadas na Estrada do Palanque foram construídas em área irregular (a menos de 300 metros do córrego). De acordo com o Plano Diretor, aquela região é área de proteção ambiental, com mata nativa, e não pode receber esse tipo de atividade. Além do solo, é possível que o lençol freático também esteja contaminado.
Em 6 de outubro de 2009, os integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) de Danos Ambientais da Câmara Municipal foram informados pela coordenadora da Covisa (Coordenação de Vigilância em Saúde) que cessou a contaminação do solo e das água causada pelas empresas recicladoras de alumínio da Estrada do Palanque. A área foi recuperada e os moradores não estão mais se queixando do cheiro de amônia.
As quatro empresas infratoras foram lacradas pelo Departamento de Controle Ambiental da Secretaria Municipal de Verde e Meio Ambiente. Foram autuadas em um auto de infração e fechadas. Desde 2004, a área está sendo recuperada.
Não foram encontradas informações respeito de eventuais acompanhamentos de saúde de ex operários, de adultos ou crianças expostos a contaminantes químicos tóxicos de ação crônica.
Última atualização em: 25 de fevereiro de 2010
Fontes
Abetre – Associação Brasileira de Empresas de Tratamento de Resíduos. Disponível em http://www.abetre.org.br/noticia_completa.asp?NOT_COD=680
Cessou a contaminação de área em São Mateus. Disponível em http://www.camara.sp.gov.br/cr0309_net/forms/frmNoticiaDetalhe.aspx?n=1363
Covisa informou à CPI dos Danos Ambientais o fim da contaminação em área na zona Leste ? Disponível em
http://vereadorpenna.com.br/2009/10/covisa-informou-a-cpi-dos-danos-ambientais-o-fim-da-contaminacao-em-area-na-zona-leste.html
Ex-trabalhadores da Sylvânia do Brasil Iluminação ainda esperam por atendimento médico adequado ? Disponível em
http://vereadorpenna.com.br/2009/09/ex-trabalhadores-da-sylvania-do-brasil-iluminacao-ainda-esperam-por-atendimento-medico-adequado.html